Trump determina saída de estudantes estrangeiros de Harvard e universidade anuncia processo

Decisão atinge cerca de 160 brasileiros e gera repúdio global; Harvard promete acionar a Justiça contra medida que considera xenófoba e antidemocrática

Em mais um gesto polêmico e de forte impacto internacional, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump determinou, nesta quinta-feira (22), que todos os estudantes estrangeiros deixem a Universidade de Harvard a partir de 2025. A decisão afeta diretamente cerca de 160 brasileiros, além de chineses, indianos, canadenses e sul-coreanos — que compõem os 27% da população estudantil estrangeira da renomada instituição.

A medida provocou repercussão global e uma onda de repúdio por parte da comunidade acadêmica, de autoridades públicas e de ex-alunos da universidade, considerada uma das mais prestigiadas do mundo.


🎓 Acusação de “infiltrados” e terrorismo

Trump alegou que a decisão foi motivada por preocupações com “infiltrados” e a suposta presença de células terroristas ou antissemitas dentro da universidade. A justificativa foi duramente criticada por especialistas e líderes educacionais, que consideram o argumento xenófobo e infundado.

A direção de Harvard divulgou nota oficial repudiando a acusação e garantiu que realiza monitoramentos internos rigorosos para prevenir qualquer tipo de ação que possa ser confundida com ativismo político extremista.


⚖️ Harvard vai à Justiça contra Trump

Na manhã desta sexta-feira (23), a Universidade de Harvard anunciou que processará o governo Trump para reverter a decisão, classificada como discriminatória e contrária à liberdade acadêmica. A ação será movida com o apoio de diversas organizações de defesa dos direitos civis e da educação.

A universidade também informou que prestará apoio jurídico aos alunos afetados e tentará garantir que eles possam concluir seus estudos sem interrupção.


📢 Nota de repúdio de ex-aluno brasileiro

O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, ex-aluno de Harvard, também repudiou a decisão de Trump:

“A educação não tem fronteiras. Não pode ser usada como arma política. E não pode jamais punir aqueles que lutam por um futuro melhor”, afirmou Ferreirinha. “Essa medida é um ataque direto à educação, à diversidade e à liberdade acadêmica. Ela fecha portas para milhares de jovens sonhadores ao redor do mundo.”

Ferreirinha ingressou em Harvard em 2013 com uma bolsa integral por necessidade financeira e se tornou um exemplo de mobilidade social através da educação. Ele afirma que milhares de jovens, como ele um dia foi, serão impedidos de transformar suas vidas se a medida de Trump for mantida.


🌎 Impacto global e reação da comunidade internacional

A comunidade internacional acompanha com preocupação o caso, que pode gerar um efeito cascata sobre outras universidades e políticas migratórias dos EUA. Organizações como a ONU, a Unesco e o Alto Comissariado para Refugiados (Acnur) também se manifestaram, reforçando o papel da educação como direito humano universal.

A expectativa é que o Judiciário americano intervenha rapidamente para impedir que milhares de estudantes estrangeiros tenham seus direitos violados por razões políticas.

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