

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira, 6 de maio, o julgamento de mais um grupo acusado de participar da tentativa de golpe de Estado que visava manter Jair Bolsonaro na Presidência da República após sua derrota nas eleições de 2022. Desta vez, sete denunciados do chamado núcleo 4 estão na mira da Justiça, podendo elevar para 21 o total de réus no processo.
De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), os acusados são responsabilizados por ações estratégicas de desinformação, com o objetivo de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro e fomentar instabilidade social. O grupo também teria pressionado o então comandante do Exército, general Freire Gomes, utilizando “milícias digitais” para atacar sua imagem e ameaçar sua família.
Outro ponto levantado pela PGR é o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar opositores políticos e reforçar um clima de intimidação, o que caracterizaria abuso institucional.
Os sete integrantes do núcleo 4 respondem por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado. Entre os denunciados estão militares da reserva, um policial federal e um engenheiro ligado ao Instituto Voto Legal. São eles:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Ângelo Martins Denicoli
- Giancarlo Gomes Rodrigues
- Guilherme Marques de Almeida
- Reginaldo Vieira de Abreu
- Marcelo Araújo Bormevet
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Até o momento, o STF já tornou réus 14 integrantes dos núcleos 1 e 2 da tentativa de golpe. Com a possível aceitação da denúncia contra o núcleo 4, o número de réus pode chegar a 21. O julgamento dos 12 acusados do núcleo 3 está previsto para o dia 20 de maio. No total, a denúncia da PGR foi dividida em seis núcleos e envolve 34 investigados.