

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O rendimento médio mensal do brasileiro alcançou R$ 3.057 em 2024, o maior valor já registrado pela série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O valor supera o recorde anterior de 2014, quando a média era de R$ 2.974.
O principal fator para o aumento foi a elevação da renda do trabalho, que atingiu R$ 3.225 — um crescimento de 3,7% em comparação a 2023. A pesquisa mostra ainda que 66,1% da população brasileira teve algum tipo de rendimento em 2024, contra 64,9% no ano anterior.
Outros tipos de rendimento, como aposentadorias, aluguéis e benefícios sociais, permaneceram estáveis, com média de R$ 1.915. Já os rendimentos diversos — como bolsas de estudo e aplicações financeiras — chegaram a R$ 2.135, também o maior valor da série histórica.
Apesar dos avanços, a desigualdade regional continua evidente. O Maranhão teve o menor rendimento médio do país (R$ 1.078), enquanto o Distrito Federal registrou o maior (R$ 3.276). As regiões Norte e Nordeste concentram os menores rendimentos, ao o que Sul e Sudeste apresentam as maiores médias.
A cobertura dos programas sociais também se ampliou. Em 2024, 9,2% da população brasileira declarou receber algum benefício social, com valor médio de R$ 836 — o maior da série. O percentual de domicílios beneficiados pelo Bolsa Família foi de 18,7%, um aumento de 4,4 pontos percentuais em relação a 2019.
O Índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, caiu ao menor nível desde o início da série histórica, demonstrando uma leve melhora na equidade. Essa redução foi influenciada pelo aumento do emprego formal, reajustes no salário mínimo e ampliação dos programas sociais. Ainda assim, os 10% mais ricos do país continuam ganhando, em média, 13,4 vezes mais que os 40% mais pobres.