

Cem dias após reassumir a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump se viu imerso em um governo marcado por decretos, confrontos e decisões controversas. Com um ritmo acelerado de duas ordens executivas por dia – totalizando 220 no total – Trump governou com uma abordagem radical, apostando em ações unilaterais e choques institucionais para reafirmar seu poder e identidade.
O presidente enfrentou uma rejeição crescente e uma reação institucional nos primeiros 100 dias de seu mandato. Seu índice de aprovação, entre 39% e 41%, é o mais baixo registrado entre presidentes norte-americanos nas últimas sete décadas, de acordo com pesquisas recentes.
Rejeição crescente e impacto econômico
A rejeição do governo de Trump se reflete claramente na guerra comercial, onde 64% dos americanos desaprovam as políticas tarifárias. Isso gerou uma queda no mercado e contrariou as promessas de crescimento econômico do presidente. Economistas alertaram sobre os efeitos negativos das políticas erráticas, com o recuo do governo gerando mais instabilidade.
Repressão migratória e confrontos com o Judiciário
Na fronteira, Trump intensificou a repressão migratória, com deportações sumárias e envio ilegal de imigrantes a países como El Salvador, desrespeitando decisões judiciais. O presidente também se envolveu em confrontos diretos com o Judiciário, com mais de 120 decisões da Justiça bloqueando ações do governo por serem consideradas inconstitucionais.
Conflitos internos e externos
Trump enfrentou confrontos internos ao demitir desafetos no Departamento de Justiça e conceder perdão a envolvidos na invasão ao Capitólio. No campo internacional, suas tensões com aliados e sua postura imperialista, como a ameaça de tomar a Groenlândia à força, geraram mais isolamento.
A turbulência nos primeiros 100 dias de Trump fortaleceu movimentos extremistas e enfraqueceu os moderados. Sua base de apoio começou a enfraquecer, com protestos e decisões judiciais refletindo a crescente insatisfação popular.