Nem tudo que chia é asma: Especialista alerta para diagnóstico preciso

Por Dr. Gabriel schi Marchiori, patologista clínico do laboratório DMS Burnier

O mês de maio, dedicado à conscientização sobre a asma, reforça a importância de identificar corretamente os sinais da doença, em especial o chiado no peito — um som agudo e sibilante que ocorre durante a expiração. No entanto, nem todo chiado indica asma, e confundir os sintomas pode resultar em diagnósticos equivocados e tratamentos ineficazes.

A asma é uma inflamação crônica das vias aéreas, que provoca reação exagerada dos brônquios a estímulos diversos. Isso gera inflamação, produção de muco e estreitamento das vias, dificultando a respiração e provocando sintomas como chiado, falta de ar, tosse e aperto no peito.

Contudo, o chiado também pode ser causado por outras condições, especialmente em crianças pequenas. Entre os principais fatores estão infecções virais como bronquiolite, refluxo gastroesofágico, aspiração de corpo estranho, malformações congênitas das vias respiratórias, doenças pulmonares como bronquite e fibrose cística, alergias e até compressões por massas no tórax.

Diante dessa variedade de causas, o diagnóstico correto é essencial. A avaliação clínica deve incluir histórico detalhado, exame físico, exames de imagem e testes respiratórios específicos, como espirometria e testes de broncoprovocação e alergia.

Para quem tem asma, o tratamento adequado foca no controle da inflamação e prevenção de crises, com o uso de medicamentos inalatórios como corticosteroides e broncodilatadores. Já um diagnóstico incorreto pode atrasar o tratamento de outras doenças e levar ao uso desnecessário de medicamentos.

Reconhecer que nem todo chiado no peito é asma é um o importante para garantir o cuidado certo, no momento certo.

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