Equipes de resgate lutam contra o tempo para salvar vítimas após terremoto devastador que deixou milhares de mortos em Mianmar e causou estragos na Tailândia
Uma mulher foi resgatada com vida dos escombros do Great Wall Hotel, na cidade de Mandalay, em Mianmar, três dias após o terremoto que deixou cerca de 2.000 mortos no país. A operação, conduzida por equipes chinesas, russas e locais, durou cinco horas e reacendeu as esperanças de encontrar mais sobreviventes.


O tremor de magnitude 7,7 atingiu Mianmar na sexta-feira (28), causando devastação em massa e danos também na vizinha Tailândia. Mandalay, localizada próxima ao epicentro, sofreu fortes impactos, e equipes de resgate seguem em busca de vítimas e sobreviventes. A ONU informou que está enviando suprimentos de socorro para cerca de 23 mil pessoas atingidas pelo desastre.
Na Tailândia, as autoridades retomaram os esforços de resgate na capital, Bangkok, onde 76 pessoas estão desaparecidas após o desabamento de um arranha-céu em construção. O número oficial de mortos no país era de 18 até domingo (30). O governador de Bangkok afirmou que as buscas continuarão, citando casos em que sobreviventes foram encontrados após uma semana sob os escombros.
Países vizinhos, como Índia, China e Tailândia, enviaram equipes e materiais de socorro, enquanto Malásia, Cingapura, Rússia e os Estados Unidos também prometeram assistência. O governo norte-americano anunciou um auxílio de US$ 2 milhões para apoiar organizações humanitárias em Mianmar.
O terremoto agrava ainda mais a crise humanitária no país, que já enfrenta uma guerra civil desde o golpe militar de 2021. Infraestruturas críticas, como rodovias, ferrovias e aeroportos, sofreram danos severos, dificultando os esforços de resgate e assistência. Enquanto isso, relatos indicam que os militares continuam a realizar ataques aéreos, levando a pedidos internacionais por um cessar-fogo para facilitar a ajuda humanitária.