Crédito do Trabalhador: Como reduzir dívidas com taxas de juros menores

Trabalhadores com carteira assinada podem transferir dívidas para o Crédito do Trabalhador, com juros mais baixos, e reduzir o custo de empréstimos consignados, CDC e dívidas de cartão de crédito

A troca só é vantajosa nos casos em que o consignado para CLT, lançado há um mês, tenha juros mais baixos que as linhas de crédito contratadas pelo trabalhador (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Desde a última sexta-feira (27), trabalhadores com carteira assinada têm a oportunidade de reduzir o valor de suas dívidas através da migração para o Crédito do Trabalhador, uma nova linha de crédito com taxas de juros mais baixas. A iniciativa já está disponível em 70 bancos e financeiras, com possibilidade de contratação diretamente pelos aplicativos e sites das instituições.

Como funciona a migração para o Crédito do Trabalhador?

Inicialmente, a migração de empréstimos só pode ser feita dentro do próprio banco em que o contrato original foi firmado. A partir de maio, será possível fazer a portabilidade para outras instituições financeiras, ampliando as opções para o trabalhador.

Os juros de um Crédito Direto ao Consumidor (CDC) tradicional variam entre 7% e 8% ao mês. Já o Crédito do Trabalhador oferece taxas a partir de 1,6% ao mês, com uma média de 3%. Importante: a migração só será autorizada se houver redução efetiva dos juros, conforme exigência válida até 21 de julho.

Ao optar pela migração, o trabalhador contrata um novo crédito consignado, quitando a dívida antiga. Quem ainda tiver margem consignável disponível poderá solicitar um novo crédito com as condições facilitadas do programa.

Se o trabalhador não ficar satisfeito com as condições oferecidas pelo banco, poderá pedir a portabilidade do crédito a partir de maio.

Crédito do Trabalhador também para dívidas de cartão de crédito e cheque especial

O Crédito do Trabalhador não é destinado apenas para CDC e empréstimos consignados. Ele também poderá ser utilizado para quitar dívidas de cartão de crédito e cheque especial. Nesse caso, será necessário renegociar o débito antes da contratação do novo crédito.

Desde o lançamento do programa, mais de R$ 8,2 bilhões foram liberados em empréstimos, com mais de 1,5 milhão de contratos firmados em todo o país. O valor médio dos contratos é de R$ 5.491,66, parcelados em média em 16 vezes de R$ 335,51. Os estados com maior número de contratos são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

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