Relatório da ONU aponta avanços em renda e saúde no Brasil, mas alerta para estagnação na educação e desigualdades regionais

Foto: Reprodução / Recanto Monsenhor Albino
O Brasil avançou cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O país ou da 89ª para a 84ª colocação entre 193 nações avaliadas, com base em dados de 2023. O IDH brasileiro subiu de 0,760 para 0,786, superando a média global de 0,739, e entrando na categoria de desenvolvimento humano “alto”.
Esse avanço é atribuído, principalmente, ao aumento da renda nacional bruta per capita e à recuperação dos indicadores de saúde, como a expectativa de vida, que voltou a crescer após os impactos da pandemia de Covid-19.
Por outro lado, a estagnação nos índices educacionais segue como um desafio. O tempo médio de estudo no Brasil continua abaixo da média dos países com IDH alto, o que limita o progresso na classificação geral.
Na América Latina e Caribe, o Brasil ocupa uma posição intermediária: está atrás de países como Chile, Argentina e Uruguai, mas à frente de Paraguai, Bolívia e Venezuela. No topo do ranking mundial estão Islândia, Noruega, Suíça, Dinamarca e Alemanha, todos com IDH superior a 0,950. Já as últimas colocações são ocupadas por países como Sudão do Sul, Somália e República Centro-Africana, com índices inferiores a 0,420.
O relatório também destaca as desigualdades internas brasileiras. Há grandes variações nos índices de IDH entre os municípios, revelando disparidades regionais no o à saúde, educação e renda.