Quinteto se apresenta na Cervejaria Mafiosa, no próximo dia 20 de junho, às 19h
Por Bruno Marques
Bandas na ativa é a nova seção do JTV. Aqui falaremos sobre grupos musicais de Valinhos e região que, como o título diz, estão na atividade.
E o conjunto que inaugura este espaço é o Tomahawk, de Valinhos, cujo vocalista, Rodrigo Busnardo, explana na sequência.


🎶Há quanto tempo está na banda Tomahawk e como foi sua entrada no grupo?
A banda tem duas fases. A primeira aconteceu lá em 1989. Nessa época ela chamava TomaRock. Eu entrei em 1991, quando tinha 19 anos de idade. Tinha acabado de sair do Exército.
Depois a banda se desfez em 1993 e cada integrante foi tocar em outros projetos. Em 2021, os irmãos Du e Juca schini tiveram a iniciativa de retomar a TomaRock, mas desta vez, com uma mudança no nome: Tomahawk (que é uma machadinha utilizada pelos povos indígenas norte-americanos). Eu reentrei na Tomahawk em dezembro de 2024.
🎶Quais suas principais influências musicais entre gêneros/estilos, bandas e artistas?
Eu sou um cara bem estranho, musicalmente dizendo. Minhas maiores influências vão desde de Beatles, Cocteau Twins até Erik Satie e Steve Reich. Ouço canções antigas, como Cole Porter e Noel Rosa; canções do mundo, como Nusrat Fateh Ali Khan e Molchat Doma; músicas novas, como Post Malone e Mestrinho; músicas retrô, como The Marias e Men I Trust.
Sou fã de música pop e ei minha adolescência vendo lançamentos de músicas incríveis, como Billie Jean (Michael Jackson), Everybody Wants To Rule The World (Tears For Fears), Tempo Perdido (Legião Urbana), Toda Forma de Amor (Lulu Santos), Lança Perfume (Rita Lee). Tudo isso fez com que minha cultura pessoal e também minha geração fossem privilegiadas.


🎶Por favor, conte brevemente sobre seus trabalhos musicais anteriores ao Tomahawk.
Eu comecei a cantar com 14 anos de idade, em 1986. Estava no último ano do ensino fundamental. Meus pais ficaram arrepiados (risos), mas com razão. Tinham a preocupação com drogas, bebidas e com a AIDS que tinha acabado de surgir no mundo.
Mas eu tive uma educação boa e soube desviar das armadilhas existentes nesse caminho artístico. Minha banda (Acrópole) era de Campinas e a primeira vez que cantei em Valinhos foi em 1987, no bar Skina 7. No mesmo ano, cantei no Parê Drink’s. A banda tocou em muitos lugares da região.
Em 1991, fui cantar na TomaRock. Em 1993, comecei a fazer dupla com meu “irmão de alma”, o guitarrista Paulinho Tommasiello. Eu e Paulinho montamos uma banda autoral com os músicos e amigos Daniel Sorroce e Serginho Rossi (Asylo Arkham).
Eu e Paulinho tocamos em bares até 2008. Aqui, quero destacar que a gente tocou na festa de casamento dos proprietários do JTV, Fernando e Marcia, em 2003. Em 2008 eu resolvi parar de cantar e fui me dedicar a outras coisas, incluindo os estudos.
Me formei em mestrado (2010) e doutorado (2019). Até que, em 2020, o mundo inteiro travou. Tudo aquilo pra mim foi um baque. Acho que ali começou o meu retorno para a música, porque senti que a vida era extremamente especial e eu estava jogando fora outra coisa especial: o meu dom musical.
Depois da pandemia, gravei dois discos autorais no estúdio do Du schini e finalmente, em 2024, resolvi literalmente “sair do closet” e voltar aos palcos da vida.
🎶Quais apresentações já fez com a banda (datas aproximadas e locais)?
A gente tocou na Cervejaria Mafiosa, em abril. Tem mais uma data na Mafiosa para 20 de junho. Aproveito pra convidar todo mundo pra ver a gente lá, a partir das 19h.
🎶Há outras datas agendadas? Se sim, quais e onde?
A gente tá voltando a tocar na região. A banda tinha um repertório mais Hard Rock e por isso tocava em bares mais voltados pro Rock. Hoje, a gente remoldou o repertório e deixou mais com a cara dos antigos bailinhos de garagem.
A gente preparou mais de 50 músicas de estilo Pop/Rock anos 80. É importante dizer que a banda Tomahawk tem músicos com mais de três décadas de palco. Nossos instrumentos e equipamentos de palco (áudio e luz) são ultra profissionais e nosso repertório foi feito para o público cantar e dançar. No show da Tomahawk todo mundo curte do início ao fim.
🎶Qual o repertório do Tomahawk atualmente?
A gente toca clássicos do U2, A-Ha, Bon Jovi, Journey, Morrissey, Queen, The Cure, Van Halen, Legião Urbana, Capital Inicial, Barão Vermelho, Rita Lee e algumas pérolas que só a Tomahawk toca.
O mais incrível de tudo é que tanto a galera da nossa idade, quanto a turma chamada “trinta menos”, cantam e dançam todas as músicas. É isso que a banda quer: fazer todo mundo se divertir.
🎶O que você mais preza em seu trabalho musical?
Eu voltei a cantar por uma questão de amizade. Tenho grande carinho pelos caras da banda, em especial pelos irmãos Du e Juca. Eles apostaram no meu retorno aos palcos. Mesmo sabendo que eu ainda aria por um processo de “desenferruje” musical.
Os caras nunca pararam de tocar e eu havia ficado 16 anos longe dos palcos. Foram quatro votos de confiança que mudaram a minha trajetória na vida. Eu não só tenho a agradecer a eles, como também tenho de voar para chegar ao padrão artístico deles. Isso é um desafio enorme pra mim. Mas eu sempre amei ser desafiado!
Hoje eu sou um “Tomahawker” novamente, com muito orgulho. E aproveito pra pedir aos leitores do JTV que sigam a gente no Instagram: @bandatomahawkoficial
🎶TomaHawk:
Du schini (bateria), Paulo Bergamini (baixo), Rodrigo Busnardo (vocal), Marcel Motta (guitarra e backing) e Juca schini (teclados, samplers e backing).