Uma operação conjunta entre unidades especializadas da Polícia Civil de São Paulo resultou na apreensão de 241,3 kg de cocaína e na prisão em flagrante de um suspeito por tráfico de drogas, na noite desta segunda-feira (19), nas proximidades de Mogi Mirim, interior de São Paulo.


A ação foi coordenada pelas equipes Falcão 65, do DENARC (Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes), e Lince 209, da 2ª DISE (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Campinas), ambas vinculadas à DEIC do Deinter 2, com base em informações de inteligência.
Investigação monitorava rota de tráfico
Segundo a Polícia Civil, investigações e denúncias anônimas indicavam que um grupo criminoso vinha atuando no transporte de grandes cargas de cocaína provenientes de regiões próximas à fronteira brasileira, com destino às cidades de Campinas e São Paulo.
Dois veículos identificados como possíveis transportadores da droga — um Jeep Com e uma GM Spin — vinham sendo rastreados pelas equipes. Ambos foram avistados trafegando pelas rodovias SP-340 (Campinas-Mogi) e SP-147 (Engenheiro João Tosello), áreas conhecidas por movimentação de tráfico interestadual.
Na data da operação, cada equipe monitorava os veículos separadamente, sem saber da atuação da outra. A equipe do DENARC foi a primeira a localizar os alvos na SP-340, enquanto a 2ª DISE os avistou mais adiante na SP-147, onde também identificou um terceiro carro — um Renault Logan, que se revelou uma viatura descaracterizada do próprio DENARC.
Tentativa de fuga e prisão
O Renault Logan iniciou a abordagem com sinais luminosos e sonoros. O condutor da GM Spin tentou fugir e chegou a jogar o veículo contra a viatura, sendo contido após disparos dos agentes. Ninguém ficou ferido na ação.
O segundo carro, o Jeep Com, conseguiu escapar por uma estrada vicinal e segue sendo procurado.
Dentro da GM Spin, os policiais encontraram 227 tijolos de cocaína, totalizando 241,3 kg da droga. O motorista foi identificado como Adriano Osório de Alvarenga, de 48 anos. Ele foi preso em flagrante e alegou ter sido contratado apenas para buscar o veículo, sem fornecer mais detalhes.
Dois celulares também foram apreendidos e serão periciados para identificar outros envolvidos.
Prisão preventiva e continuidade das investigações
Adriano permaneceu em silêncio durante o interrogatório e foi assistido por advogado. Com base na quantidade de droga e nas evidências reunidas, a autoridade policial da 2ª DISE determinou a lavratura do auto de prisão em flagrante e representou pela conversão em prisão preventiva, por risco à ordem pública e necessidade de garantir a instrução criminal.
A Polícia Civil de Campinas segue investigando o paradeiro do segundo veículo e a possível existência de outros integrantes da quadrilha.