Evento na Câmara reuniu mais de 70 mulheres e marca o início de uma agenda permanente de inclusão, acolhimento e escuta ativa
A Prefeitura de Valinhos promoveu no sábado (24), na Câmara Municipal, o 1º Fórum Mães Atípicas, iniciativa inédita voltada à escuta, acolhimento e fortalecimento de mães cuidadoras de filhos neurodivergentes e com deficiência. O evento reuniu mais de 70 mulheres e marcou o início de uma política pública estruturada voltada às famílias atípicas da cidade.
Organizado pelas Secretarias da Família e da Mulher, da Saúde e da Educação, o Fórum trouxe palestras, rodas de conversa e um espaço de escuta ativa, onde as mães puderam expressar sentimentos, críticas e sugestões. As temáticas mais apontadas foram analisadas por equipes técnicas e vão orientar as ações futuras.
Escuta ativa, saúde emocional e apoio permanente
O Fórum contou com uma palestra da psicóloga Carol Nogueira, que abordou os desafios emocionais enfrentados pelas mães atípicas, e com a nutricionista Beatriz Donadon, que destacou a importância do cuidado físico. Uma roda de conversa mediada pela advogada Natália Torneiro e pela publicitária Laís Chedid proporcionou trocas empáticas entre as participantes.
A secretária da Saúde, Luciana Pignatta, destacou a urgência de olhar com mais atenção para as mães atípicas:
“Essas mulheres vivem sobrecarregadas e, muitas vezes, invisíveis. A escuta e o acolhimento são formas de cuidar da saúde pública com mais humanidade.”
Para a secretária da Família e da Mulher, Dalva Berto, o Fórum representa um marco na inclusão:
“Esse evento é o início de um caminho coletivo, feito com o coração e voltado à valorização de quem tanto entrega pelo outro.”
Já a secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Célia Leão, reforçou o poder da escuta como transformação social:
“Esse Fórum é uma construção poderosa de cuidado com quem batalha todos os dias pelos seus filhos.”
Mães destacam importância do evento
Joyce, mãe de Davi, atendido pelo Centro de Autismo de Valinhos (CAV), elogiou o evento:
“Foi um divisor de águas. Sentir que alguém está olhando para a gente faz toda a diferença.”
Mariana, mãe da Duda, reforçou o valor do acolhimento:
“Estamos sempre correndo com terapia, escola e casa. Aqui, fomos vistas, ouvidas e acolhidas.”