17 de Maio: Dia Internacional contra a Homofobia é Dia de Luta e Renascimento para Josué Roupinha

Neste 17 de maio, o mundo celebra o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, uma data criada para lembrar a exclusão da homossexualidade da lista de doenças mentais da OMS, em 1990. Mais do que uma efeméride, é um dia de luta por direitos e respeito à diversidade. Para Josué Roupinha Junior, de 31 anos, a data tem um significado ainda mais especial: é também o dia do seu aniversário.

“É um dia de luta, de reivindicação dos nossos direitos. Um lembrete para a sociedade de que nós também somos cidadãos. Pagamos impostos, temos deveres e também temos direitos. É um dia de representatividade — e pra mim, um dia de renascimento”, afirma Josué.

Fotografia de Josué Roupinha Junior. Acervo Josué Roupinha Junior.

Preconceito diário e silencioso

Josué faz questão de lembrar que a homofobia nem sempre se apresenta de forma explícita: “As pessoas acham que só existe preconceito quando há agressão física. Mas o preconceito está no olhar, na desconfiança sobre nossa competência, no julgamento antes de qualquer convivência. Está na escola, no trabalho, e dentro das famílias que ainda rejeitam seus próprios filhos e sobrinhos”.

Segundo ele, a violência que a comunidade LGBTQIA+ sofre é contínua, muitas vezes silenciosa, institucional e estrutural. “Não são episódios isolados. A gente sofre isso todos os dias. E não é só quando vira notícia que existe homofobia.”

Representatividade e acolhimento

Para que a sociedade avance no respeito à diversidade, Josué acredita que é preciso estruturar mudanças: “Precisamos de mais representatividade nos três poderes, políticas públicas de acolhimento psicológico, centros de referência LGBTQIA+ e, principalmente, escolas preparadas para acolher e educar com respeito à diversidade”.

Ele reforça que a pauta LGBTQIA+ é legítima e necessária. “A luta vai continuar existindo e resistindo.”

Uma mensagem para quem sofre preconceito

Josué encerra com uma mensagem poderosa para quem está enfrentando o preconceito:

“Você não está sozinho. Cerque-se de quem te acolhe e te respeita. Procure redes de apoio. Quem não quer te aceitar não deve ser seu foco. Foque em quem caminha ao seu lado.”

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